Uma cidade bem planejada deve ser pensada para as pessoas. E, as soluções para aumentar os índices de qualidade de vida no espaço urbano passam pela arquitetura social. Projetos arquitetônicos que privilegiam espaços compactos, multiusos e com acesso rápido a serviços, comércio e lazer para melhorar as cidades para pessoas têm sido cada vez mais valorizados.
Ativar espaços públicos, implementar espaços de lazer, aumentar o tamanho das calçadas, reduzir o protagonismo do carro, investir em transporte público de qualidade e criar espaços ao ar livre, como praças, parques e vias de lazer, são algumas iniciativas que devem ser implementadas para melhorar as cidades para as pessoas.
O investimento em espaços urbanos convidativos e o estímulo ao uso das ruas, coloca as cidades em movimento e leva melhor qualidade de vida a seus moradores. Em bairros de alta densidade com uso misto, que concentra muitos moradores e uma grande variedade de serviços e comércio disponíveis, as pessoas conseguem realizar boa parte de suas atividades diárias a pé. E, apesar de ser exceção no país, é o que os urbanistas consideram ideal para melhorar a qualidade de vida nas cidades.
Arquitetura humanizada: tendências para melhorar a qualidade de vida no espaço urbano
Para solucionar uma série de desafios urbanos impostos pela intensa urbanização, grandes teóricos do Novo Urbanismo empenham esforços para a humanização das cidades. Jan Gehl, arquiteto e urbanista dinamarquês e um dos protagonistas dos debates das cidades voltadas para pessoas, afirma que uma cidade ideal deveria permitir e convidar as pessoas a ocupar e permanecer nos espaços públicos.
Além disso, a infraestrutura deve ser planejada para atrair ações coletivas, ampliando as atividades sociais e de lazer, assim como a sensação de segurança no espaço urbano. Conheça as principais tendências para melhorar a qualidade de vida no espaço urbano.
Gentilezas urbanas
O conceito de Gentilezas urbanas visa incentivar intervenções que transformam o espaço urbano, incorporando elementos urbanísticos que contribuem para ampliar o convívio das pessoas a partir da criação de endereços atrativos e seguros.
Neuroarquitetura
A Neuroarquitetura é a ciência que estuda os impactos do ambiente nas pessoas, sejam em espaços públicos, edifícios, casas, shopping centers ou escolas. O termo neuroarquitetura surgiu a partir de pesquisas e descobertas do neurocientista Fred Gage e do arquiteto John Paul Eberhard que viram que os ambientes têm o poder de transformar certas capacidades e sensações cognitivas do cérebro humano. Na prática, o conceito de Neuroarquitetura tem a capacidade de auxiliar na criação de projetos estratégicos que influenciam positivamente no comportamento das pessoas.
Arquitetura da saúde
A arquitetura da saúde influencia de forma efetiva e comprovada no prolongamento da vida do indivíduo, e pode ser aplicada tanto em clínicas e hospitais quanto em espaços urbanos e ambientes domésticos. A iniciativa permite projetar ambientes mais saudáveis — como priorizar ventilação e iluminação naturais, bom desempenho acústico, especificação de materiais e mobiliário urbano amigável para as pessoas.
Psicoarquitetura
É fato que as características do espaço urbano têm um impacto significativo em nosso comportamento psíquico. Nesse sentido, a Psicoarquitetura visa compreender e interpretar o comportamento humano em sua complexidade – mental, social, biológica e espiritual, e suas interrelações com os espaços onde a vida humana transcorre. Determinadas características planejadas a partir da Psicoarquitetura são capazes de induzir sensações de tranquilidade e segurança, fazendo com que as pessoas se sintam bem e relaxadas ou até aumentando a concentração e a produtividade dos usuários em seu ambiente de trabalho.
Biofilia
O processo de urbanização promove uma forte desconexão com a natureza e o princípio da biofilia é reconectar os seres humanos com a natureza, promovendo conforto emocional. Estudos revelam a importância de incorporar as características da natureza na arquitetura dos empreendimentos, como água, vegetação, luz natural e elementos como madeira e pedra isso porque valorizar a presença do verde em um espaço promove saúde, bem-estar e sensação de relaxamento. incorporar
Arquitetura bioclimática
A arquitetura bioclimática consiste no planejamento de empreendimentos, levando em consideração as condições climáticas para aproveitar os recursos disponíveis na natureza com intuito de minimizar os impactos ambientais e reduzir o consumo energético. A ventilação natural é um princípio básico da arquitetura bioclimática que colabora tanto para a saúde dos usuários quanto para a eficiência energética da edificação.
Conheça a arquitetura planejada para pessoas incorporada na Cidade Criativa Pedra Branca. O bairro planejado e conectado, onde é possível estudar, trabalhar e se divertir num mesmo lugar ao alcance de uma caminhada, contempla as necessidades das pessoas e promove a melhoria da qualidade de vida de moradores e frequentadores.